Sou uma pessoa sem dinheiro.
Mas que pagou as prestações do cartão, que agora usa rímel, que tem uma caixa de lenços de papel, um esmalte vermelho, manteiga de cacau pra sobreviver ao rigoroso frio de Jaraguá do Sul (virei baiana fresca), que deu um sapato vermelho lindo pra mãe de dia das mães e que tá guardando dinheiro pra assistir os dois filmes mais esperados durante... 2 anos?

O lado pessoal tá uma nheca, tantas escolhas pra serem feitas e o medo de me ferrar toma conta de mim de um jeito que eu me sinto amarrada nessas escolhas pelo resto da minha vida, sabe?
Renata, 42 anos, feliz proprietária de um aparelho de dvd do ano de 2004 e de um colchão novo pra cama de solteiro, dorme às 01h30, acorda às 07h10 pra ir trabalhar na gráfica, lamenta o amor perdido pela falta de perspectivas e ações na vida.


Vou chorar.