O barulho das rodas dos carros passando pelo asfalto molhado, o chá de camomila quase esfriando dentro da caneca tão desejada do pequeno príncipe, a espera de coração quente por uma conversa cotidiana pra saber como foi o dia e o que acha desses desastres que param um país inteiro.
Eu queria falar sobre outros, inventar histórias, sentimentos, aventuras, desapegos, descobrimentos, mas depois de um bom tempo imaginando a vida alheia, volto aos meus 14/15 anos e lembro de toda minha curiosidade e inspiração em falar sobre o amor que eu não sentia, a desilusão que não existia, o sentimento de 'tudo vai ficar bem' com a certeza de que tudo estava bem sem que precisasse colocar uma vírgula que fosse.
Aí vieram meus 16/17 anos e tudo que eu escrevi se tornou realidade, nada que não pudesse ser ultrapassado com o passar dos anos e da cicatrização induzida, mas a conclusão que chego é que chega de tentar inventar histórias, querer ser e sentir o que o outro sente, chega de perder o tempo tentando criar uma crônica pra um anônimo sendo que eu posso criar para um conhecido do meu dia-a-dia, nem que esse conhecido seja Dorothea ou Nina, ou então Eduardo e sua paixão por aviões, chega de sonhar com o inalcançável sendo que a realidade está aqui, grudada em mim, pronta para ser escrita, dita ou sentida. Eu, minha vida, meu círculo, minhas pessoas :)
E novamente finalizo:
Tenham bons dias, os façam acontecer :)
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